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ARAPUTANGA: Sem alternativa, condutor de carreta se vê obrigado a trafegar pela contramão para seguir viagem

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Faltam poucos meses para encerrar o atual mandato dos políticos que tanto prometeram melhorar a qualidade de vida do povo araputanguense. Porém, a julgar pelo balanço das várias edições de “Um olhar sobre a cidade”, publicadas pela Folha, é fácil concluir que nada melhorou.

CARRETA NA CONTRAMÃO

Por volta de 18h00min de hoje, carretas de “dois andares” trafegavam na contramão na Av. 23 de Maio, entre o mercado Juba e a loja Garbos, para prosseguir viagem. Para não danificar a rede telefônica ou elétrica, dois homens levantaram cabos e fios para permitir a passagem do veículo alto e longo.

ATÉ QUANDO?

Em vista das facilidades criadas para população adquirir veículos, as ruas centrais de Araputanga estão abarrotadas de veículos que disputam cada vaga de estacionamento, fato que às vezes causa a impressão de desenvolvimento.

O cidadão atento nota que a desorganização da cidade vai se tornando geral, a sinalização horizontal e vertical está apagada, não há orientação clara para o motorista que está de passagem e, como nas décadas de 70,80,90/2000, 2010... Os bem remunerados gestores ainda não perceberam que é preciso encontrar alternativa ao tráfego de caminhões que continuam a poluir a 23 de Maio, danificando o asfalto, deixando partículas de fuligem e poeira fina nas prateleiras do comércio e nos pulmões de quem trabalha ou vive no Centro.

Para o condutor de veículos longos com cargas vivas que estão apenas de passagem pela cidade para alcançar a rodovia, o nó do trânsito é dado principalmente na hora de sair da Avenida Castelo Branco e entrar na 23 de Maio; os veículos estacionados promovem verdadeiro estrangulamento nas Avenidas subdimensionadas.

A reportagem da Folha tem acompanhado a constante dificuldade para realização das manobras e o lamento dos proprietários cujos veículos restam avariados por carretas que transitam nessas estreitas vias.

RUAS INADEQUADAS

Para rodar, os proprietários de veículos são obrigados a atender todas as regras definidas pela normatização; a mesma exigência deveria ser feita aos gestores, cujos IDHs das cidades poderiam incluir a classificação da trafegabilidade urbana. Se tal ideia fosse adotada, Araputanga certamente apareceria na lanterna (última posição) das cidades da região.

OBSOLETO/ULTRAPASSADO

Ainda bem que não chegamos ao devaneio de adotar no IDH a classificação das cidades incluindo a trafegabilidade. Salvo o surgimento da telefonia celular, a chegada do backbone interligando centrais telefônicas para internet e alguns “fragmentos públicos de desenvolvimento” que não são compreensíveis para o todo da população, a infraestrutura urbana araputanguense em nada desenvolveu nos últimos anos. O centro da cidade ainda é o esqueleto de fins da década de 1980 quando Araputanga tinha as mineradoras.

Se a cidade cresceu em extensão com a instalação de novos loteamentos e residenciais, o estado de conservação e de trafegabilidade das ruas e avenidas estão ruins e, em alguns lugares, até  em piores condições que outrora. É comum ouvir da população que os serviços públicos como Saúde, Iluminação, Fornecimento de água, são avaliados pelos usuários como ruins ou caóticos. Se tais serviços são ruins, na cidade também não há avenidas largas e bem iluminadas que favoreça a circulação no trânsito.

Mesmo os esforços de última hora que às vezes funcionam como paliativo que silenciam os críticos, desta vez, não resolverão o problema da retomada da credibilidade que poderia nos levar a reencontrar os trilos do desenvolvimento.

NA PRÓXIMA GESTÃO, TEREMOS INOVADORES?

 

O aval para ousar inovar será dado pelo povo ao grupo vencedor das eleições (Legislativo e Executivo); a esperança ou a frustração será transferida para aqueles que terão a obrigação de propor e buscar inovação que realmente melhore a qualidade de vida do povo; nos últimos tempos só ouvimos conversa, pronunciada ao vento.